1º Temporada
Episódio 01 – Bem-Vindos ao iCarlyl.
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Episódio 02 – Quero Mais Público.
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Episódio 03 – Sonhos Dançantes.
Parte 1 – Parte 2
Episódio 04 – Estou a Fim do Jake.
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Episódio 05 – Quero Ficar Com o Spencer.
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Episódio 06 – A Crítica de Nevel.
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Episódio 07 – Eu Grito no Halloween.
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Episódio 08 – Espionando Srta. Briggs.
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Episódio 09 – A Namorada do Freddie
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Episódio 10 – O Recorde Mundial.
Parte 1 – Parte 2
Episódio 11 – Me Arrependo Desse Dia.
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Episódio 12 – Prometo Guardar Segredo
Parte 1 – Parte2
Episódio 13 – Sou Sua Maior Fã.
Parte 1 – Parte 2
Episódio 14 – Talento Artístico.
Parte 1 – Parte 2
Episódio 16 – Procurando Por Pintinhos.
Parte 1 – Parte 2
Episódio 17 – Não Quero Brigar.
Parte 1 - Parte 2
Episódio 18 – Promovendo Techfoots.
Parte 1 – Parte 2
Episódio 19 – Ao Vivo da Detenção.
Parte 1 – Parte 2
Episódio 20 – Contra a Pirataria.
Parte 1 – Parte 2
Episódio 21 – Vou Mudar de Escola.
Parte 1 – Parte 2
Episódio 22 – Esgrima
Parte 1 – Parte 2 – Parte 3
Episódio 23 – O iCarly Salva a TV.
Parte 1 – Parte 2 – Parte 3
Episódio 24 – Vale Um Encontro.
Parte 1 – Parte 2
Episódio 25 – Professora Apaixonada.
Parte 1 – Parte 2
2º Temporada
S02E01 – Eu o Vi Primeiro
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S02E02 – Fase de Intervenção
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S02E03 – Eu te devo
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S02E04 – Eu Machuquei Lewbert
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S02E05 – iCarly no Japão
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S02E06 – Loucos Pela Torta
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S02E07 – Vida Nova no Natal
[Aguardando Exibição]
S02E08 – O Primeiro Beijo
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S02E09 – Quem Quer Ganhar um Carro
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S02E10 – Arruinando a votação
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S02E11 – Conhecendo Fred
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2º Temporada
02 – A guitarra
3º Temporada
1ª Temporada
Episódio 01 – O Primeiro Dia / Armários
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Episódio 02 – Banheiros / Parceiros de Trabalho
RapidShare Parte 1 RapidShare Parte 2
Episódio 03 – Detenção / Professores
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Episódio 04 – Lugares / Provas Esportivas
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Episódio 05 – Paixões/Festas
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Episódio 06 – Dias de Doença/Torneios de Soletração
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Episódio 07 – Boatos/Dia de Fotografia
Megau Parte Única
Episódio 08 – Eleições/Show de Talentos
Megau Parte 01 Megau Parte 02
Episódio 09 – Sala de Computação/Mochilas
Megau Parte 01 Megau Parte 02
Episódio 10 – Bilhetes/Melhores Amigos
Megau Parte 01 Megau Parte 02
Episódio 11 – Sonhando Acordado/Ginástica
Megau Parte 01 Megau Parte 02
Episódio 12 – Coladores/Valentões
Megau Parte 01 Megau Parte 02
Episódio 13 – Exercícios de Emergência/Condução
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2ª Temporada
Episódio 14 – O Novo Semestre/Eletivas
Megau Parte 01 Megau Parte 02
Episódio 15 – Torcida Organizada/Almoço
Megau Parte 01 Megau Parte 02
Episódio 16 – Clubes Escolares/Trabalhos em Vídeo
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Episódio 17 – Cadernos/Matemática
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Episódio 18 – Vice-Diretores/Segundas-Feiras
Mega Parte 01 Mega Parte 02
Episódio 19 – Seu Corpo/Protelação
Mega Parte 01 Mega Parte 02
Episódio 20 – Dissecação de Biologia/Graduandos
Mega Parte 01 Mega Parte 02
Episódio 21 – Desafios/Maus Hábitos
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Episódio 22 – Professores Substitutos/O Novato
Mega Parte 01 Mega Parte 02
Episódio 24 – Timidez/Apelidos
Mega Parte 01 Mega Parte 02
Episódio 25 – Marcando um Encontro/Reciclagem
RapidShare Parte 1 RapidShare Parte 2 RapidShare Parte 3
Episódio 26 – Primeiro de Abril/Desculpas
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Episódio 27 – Segredos/Lava-Jato Escolar
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Episódio 28 – Semana da Integração/Roupas
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Episódio 29 – Anuário/Semana da Carreira
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Episódio 30 – Aula de Música/O Palhaço da Turma
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Episódio 31 – Reprovação/Tutores
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Episódio 32 – Feira de Ciências/Sala de Estudos
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Episódio 33 – Saindo em Dupla/O Último Dia
RapidShare Parte 1 RapidShare Parte 2 RapidShare Parte 3
3ª Temporada
Episódio 34 – Uma Nova Série/Queimado
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Episódio 35 – Leitura/Diretores
Parte Unica
Episódio 36 – Popularidade/Estressando
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Episódio 37 – Hora da Saída/A Peça da Escola
Parte Unica
Episódio 39 – Aula de Artes/Achados e Perdidos
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Episódio 40 – Estudos Sociais/Pagando Mico
Parte Unica
Episódio 41 – O Ônibus/Cabelos Revoltados
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Episódio 42 – Vingança/Recordes Escolares
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Episódio 43 – A Biblioteca/Trabalho Voluntário
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Episódio 44 – Corredores/Amigos que se Mudam
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Episódio 45 – Garotos/Garotas
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Episódio 46 – Celulares/Marcenaria
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Episódio 47 – Organizando-se/Crédito Extra
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Episódio 48 – Arrecadação de Fundos/Competição
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Episódio 49 – Fazendo Novos Amigos/Positivos e Negativos
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Episódio 50 – Dinheiro/Festas
Mega Parte 01 Mega Parte 02
Episódio 51 – Febre da Primavera/Jornal da Escola
Mega Parte Única
Episódio 52 – Saúde/Ciúme
Mega Parte Única
Episódio 53 – Testes/Quando Você Gosta de Alguém Que Está Saindo com Outra Pessoa
Mega Parte 01 Mega Parte 02
Episódio 54 – Excursões, Autorizações, Sinais e Fuinhas
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Episódio 55 – Excursões, Autorizações, Sinais e Fuinhas
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PAULINHONome: Paulo Almeida RibeiroNascimento: 15/4/1932, Porto Alegre-RS Falecimento: 11/6/2007, Sao Paulo-SP Período: 1954 a 1964 Posição: Lateral-direito Revelado pelo Internacional de Porto Alegre e contratado pelo Vasco em 1954 por 800 mil cruzeiros, numa das mais vultosas transacoes do futebol brasileiro daquela epoca, Paulinho de Almeida foi um jogador `a frente do seu tempo, que constantemente apoiava o ataque. Na marcacao tambem era duro e implacavel, e formou uma famosa linha de zaga no Vasco com Bellini, Orlando e Coronel. Integrou varias vezes a selecao. Na Copa de 1954 foi reserva de Djalma Santos. So' nao foi convocado para a Copa de 1958 por ter quebrado uma perna no inicio daquele ano, durante uma partida contra o Flamengo pelo Torneio Rio-Sao Paulo. Paulinho permaneceu no Vasco ate' o encerramento da carreira no inicio de 1965. Pelo Vasco, participou das conquistas dos campeonatos cariocas de 1956 e 1958 e do Torneio Rio-Sao Paulo de 1958. Depois de encerrar a carreira de jogador, Paulinho lancou-se `a carreira de tecnico, a comecar pelas divisoes de base do proprio Vasco. Em 1968, assumiu a direcao da equipe principal e levou o Vasco `a final do campeonato carioca e ao quadrangular decisivo do Torneio Roberto Gomes Pedrosa. |
BELLINI
Nome: Hideraldo Luiz BelliniNascimento: 21/6/1930, Itapira-SP
Período: 1952 a 1962
Posição: Zagueiro
Foi o grande capitao da selecao que levantou a Taca Jules Rimet pela primeira vez para o Brasil, em 1958, na Suecia, quando espontaneamente inventou o gesto que ficou famoso e que mereceu uma estatua de bronze em frente ao estadio do Maracana. Gesto que reflete o carater do tipo de caudilho de dupla personalidade: Fora de campo, elegante e educado. Dentro de campo um bravo, durao inflexivel, esbanjando amor a camisa. Grandalhao, sem muita tecnica, impunha respeito pela seriedade e lealdade com que enfrentava os atacantes adversarios. Consagrou-se do Vasco para a selecao como um exemplo de dedicacao e dignidade profissional. Como capitao vascaino, participou da conquista de varios titulos, destacando-se os campeonatos cariocas de 1956 e 1958 e o Torneio Rio-Sao Paulo de 1
ORLANDO
Nome: Orlando Peçanha de CarvalhoNascimento: 20/9/1935, Recife-PE
Períodos: 1955 a 1960 e 1969 a 1970
Posição: Zagueiro
Revelado nas divisoes de base do clube, sua grande virtude era a antecipacao e a tranquilidade com que saia jogando. Orlando esbanjava firmeza, formando a dupla de zaga com Bellini no Vasco e na selecao, onde foi titular campeao mundial de 1958. Deixou o Vasco no ano seguinte, contratado pelo Boca Juniors. Os argentinos o chamavam de "O Senhor do Futebol". Depois de voltar ao Brasil para brilhar pelo Santos de Pele', encerrou a carreira no Vasco no inicio de 1970.
CORONEL
Nome: Antônio Evanil da SilvaNascimento: 27/1/1936
Período: 1955 a 1962
Posição: Lateral-esquerdo
Jogador de fibra e de raca, tinha sempre a ingrata tarefa de marcar Garrincha, o melhor ponta direita de todos os tempos. Podia muitas vezes levar desvantagem nestes duelos individuais, porem nunca se entregava. Alem do que, no final, o Vasco quase nunca saia derrotado naqueles confrontos. Um dos jogadores que mais demonstrou um amor genuino `a camisa cruzmaltina.
SABARÁ
Nome: Onofre Anacleto de SouzaNascimento: 18/6/1931, Atibaia-SP
Falecimento: 8/10/1997, Rio de Janeiro-RJ
Período: 1952 a 1964
Posição: Ponta-direita
Numa epoca em que o futebol brasileiro era prodigo de grandes pontas-direitas, Sabara' foi um dos melhores pontas do pais. Alem de atacar e chutar como poucos, defendia com a mesma eficiencia. Era daqueles jogadores que davam alma ao time e nao hesitava dar bronca quando seu companheiros mereciam, naquele seu linguajar caracteristico: "Suas mulherzinhas, como e' que deixam aquele pequeninho (Baba' do Flamengo) cabecear na frente de voces?".
Durante doze anos Sabara' foi um dos jogadores mais populares entre os torcedores do Vasco e talvez o jogador que mais se identificava com a camisa cruzmaltina. Depois de Roberto, foi o jogador que mais vezes a vestiu. Mas tambem houve o final de carreira. Ele foi obrigado a encerra-la na Portuguesa carioca, para onde foi transferido juntamente com seu compadre Laerte, apos uma reformulacao no plantel vascaino. Magoados, eles esperaram ansiosamente o dia de enfrentar o Vasco. Dirigida por Gentil Cardoso, a Portuguesa venceu por 2 a 1.
ALMIR
Nome: Almir Morais de AlbuquerqueNascimento: 28/10/1937, Recife-PE
Falecimento: 6/2/1973, Rio de Janeiro-RJ
Período: 1957 a 1960
Posição: Atacante
O Pernambuquinho veio para o Vasco seguindo a trilha dos seus conterraneos Ademir e Vava'. Foi um sucesso ao ser lancado na equipe principal durante o campeonato carioca de 1957, do qual foi considerado a revelacao, e foi figura fundamental nos titulos do torneio Rio-Sao Paulo e do campeonato carioca de 1958. Sua raca, valentia e espirito de luta eram contagiantes e empolgavam a torcida, e seus dotes tecnicos nao ficavam atras. Caso Pele' nao tivesse se recuperado a tempo de uma contusao para a Copa de 1958, Almir era o jogador mais cotado para ser convocado para a sua vaga. Porem, no ano seguinte, Almir foi convocado para a selecao que disputou o Campeonato Sul-Americano em Buenos Aires. Foi quando comecou a adquirir o rotulo de brigao e violento. Primeiro, foi o pivo de um enorme sururu no jogo Brasil 3x1 Uruguai, no Sul-Americano. Cinco meses depois, numa partida contra o America, houve um lance de bola dividida com o jogador Helio, que saiu com a perna fraturada e nunca mais voltou a jogar. Apesar disso, a categoria de Almir era incontestavel, chegando inclusive a ser denominado "Pele' Branco". Finalmente, no inicio de 1960, o Vasco teve que o liberar mediante uma proposta irrecusavel por parte do Corinthians.
No restante de sua carreira, Almir passou por varios clubes e continuou a exibir nao so' a sua categoria e raca caracteristica, como tambem a justificar o seu novo apelido de "Rei da Catimba", tendo sido protagonista da maior briga que ja' houve no campo do Maracana, durante a final do campeonato carioca de 1966, quando o Bangu derrotou por 3x0 o Flamengo, clube onde jogava na ocasiao. Alguns anos depois de ter abandonado o futebol, Almir morreu assassinado em 1973, numa briga de bar em Copacabana.
PINGANome: José Lázaro RoblesNascimento: 11/2/1924, São Paulo-SP Falecimento: 8/5/1996, Campinas-SP Período: 1953 a 1961 Posição: Atacante Pinga, paulista da Mooca, comecou na Portuguesa de Desportos, juntamente com o seu irmao mais velho, Arnaldo, que tambem atendia pelo mesmo apelido. Este foi dado primeiro a Arnaldo, que, pela velocidade e rapidez que demonstrava nos campos de varzea, era chamado de Pinga-Fogo pelos torcedores. Mas Jose' Lazaro, tres anos mais novo, despontou como o melhor dos dois, e acabou se tornando o Pinga I, enquanto que Arnaldo passou a ser conhecido como Pinga II. Mais tarde, outros dois irmaos mais novos tambem herdaram o apelido. Pinga se projetou na Portuguesa em meados da decada de 40 como um ponta-de-lanca de "rush" fulminante e possuidor de um tiro final quase sempre inapelavel, com o pe' esquerdo. Rapidamente alcancou a selecao paulista, onde foi titular por muitos anos. Foi convocado para a selecao brasileira pela primeira vez em 1949, como reserva da equipe que conquistou o Campeonato Sul-Americano. No entanto, foi cortado da selecao para a Copa de 50. Mas o ano de ouro da sua carreira viria em 1952. Pinga foi campeao e artilheiro do Torneio Rio-Sao Paulo pela Portuguesa, campeao brasileiro pela Selecao Paulista e campeao Pan-Americano no Chile - o primeiro titulo do Brasil no exterior. Nessa competicao, Pinga foi autor de dois tentos, sendo sistematicamente lancado no decorrer das partidas no lugar de Ademir ou Baltazar. No ano seguinte, Pinga tambem participou da selecao que se sagrou vice-campea sul-americana em Lima. Muito embora a trajetoria da selecao deixasse a desejar, Pinga apareceu com relativo sucesso, inclusive atuando pela primeira vez deslocado pela ponta esquerda. O passe de Pinga alcancou nessa altura uma cotacao elevada, culminando com a sua transferencia para o Vasco, a mais vultosa do futebol brasileiro ate' aquela data. Logo de inicio, Pinga justificou o investimento do clube, tendo brilhante participacao na conquista do Torneio Octogonal Rivadavia Correia Meyer, disputado no Rio e em Sao Paulo. Pinga marcou os dois gols na final em que o Vasco derrotou o Sao Paulo por 2x1, no Maracana. Em 1954, Pinga foi a Copa do Mundo na Suica, porem a selecao cumpriu uma malfadada campanha que terminou em eliminacao nas quartas-de-final pela Hungria. Em 56, Martim Francisco assumiu o comando tecnico do Vasco, e uma nova fase comecou na carreira de Pinga, quando foi fixado de vez pelo tecnico na ponta esquerda, ja' aos 32 anos. O Vasco levantou o titulo carioca de 56 e realizou uma vitoriosa excursao a Europa em 1957, quando conquistou a Taca Tereza Herrera e o Torneio de Paris. Depois de Martim Francisco, Pinga continuou como o titular absoluto da ponta canhota do Vasco, tendo conquistado o Rio-Sao Paulo de 1958 e o campeonato carioca daquele mesmo ano. Neste campeonato, Pinga ainda se converteu no artilheiro do time. Pinga marcou pelo Vasco um total de 250 gols e foi na sua época o segundo maior artilheiro da história do clube, atrás apenas de Ademir. |
VÁLTER
Nome: Walter Marciano de QueirósNascimento: 15/9/1935, São Paulo-SP
Falecimento: 21/6/1961, Valência-Espanha
Período: 1955 a 1957
Posição: Meio-campo
Revelado pelo Ypiranga, de Sao Paulo, Valter foi contratado pelo Santos em 1953 e no ano seguinte ja' era titular da Selecao Paulista, campea brasileira de selecoes. O Vasco comprou seu passe em 1955 e Valter passou a deslumbrar a plateia carioca com seu talento e criatividade. Foi ele o craque maior da equipe vascaina na conquista do campeonato carioca de 1956. No ano seguinte, o Vasco realizou uma vitoriosa excursao na Europa, e o futebol de Valter fascinou a franceses e espanhois. Os tentos das vitorias do Vasco, alguns deles marcados por Valter ou resultantes de suas jogadas, eram aplaudidos quando exibidos nos jornais da tela, nos cinemas espanhois. Na vitoria do Vasco sobre o poderoso bicampeao europeu Real Madrid por 4 a 3, na final do Torneio de Paris, Valter jogou talvez a maior partida de sua vida. Ele marcou dois gols e ainda deu um passe sensacional para Livinho marcar o seu.
VAVÁ
Nome: Edwaldo Isídio NetoNascimento: 12/11/1934, Recife-PE
Falecimento: 19/1/2002, Rio de Janeiro-RJ
Período: 1952 a 1958
Posição: Atacante
Ao vir do Sport Club Recife para o Vasco, ainda garoto, Vava' era meia-esquerda, tipo preparador, de entregar a bola. Flavio Costa foi quem mudou sua posicao e suas caracteristicas. Jogando na area, se destacou por unir a tecnica 'a valentia. No ano de 52, foi campeao brasileiro de amadores, campeao carioca amador e titular da selecao olimpica.
Pouca gente sabe, mas o gol que acabou sendo o do titulo carioca de 52 para o Vasco foi marcado por Vava'. O Vasco, ja' na bica para ser campeao, enfrentava o Bangu pela penultima rodada, desfalcado de alguns titulares, e o garoto Vava' foi escalado. O Vasco venceu por 2 a 1, e o gol da vitoria foi dele. No dia seguinte, houve um Fla x Flu que terminou empatado, resultado que deu o titulo antecipado ao Vasco.
Na vez seguinte em que o Vasco conquistou o campeonato carioca, 1956, o titulo foi conquistado novamente por antecipacao numa partida contra o Bangu, na penultima rodada, e Vava' decidiu a partida, marcando ambos os gols na vitoria por 2 a 1.
Pelo Vasco, Vava' ainda conquistou o Rio-Sao Paulo de 58 e, depois de se sagrar campeao do mundo pelo Brasil na Suecia, chegou a participar dos jogos iniciais do campeonato carioca daquele ano, quando foi entao vendido ao Atletico de Madrid.
Como goleador do Vasco e da selecao carioca, Vava' chegou a selecao brasileira, participando efetivamente do bicampeonato mundial de 58 e 62 (ja' de volta da Espanha para o Palmeiras), tendo merecido o apelido de Leao da Copa. Ele marcou 5 gols na Copa de 58 e 4 na de 62, quando foi um dos co-artilheiros da competicao.
BRITO
Nome: Hércules Brito RuasNascimento: 9/8/1939, Rio de Janeiro-RJ
Período: 1960 a 1969
Posição: Zagueiro
Brito e' um legitimo elemento da dinastia de grandes zagueiros do Vasco, revelado nas divisoes de base e subindo a equipe titular apos a saida de Bellini. Nos anos 60, quando o Vasco nao teve grandes equipes, Brito era a principal estrela cruzmaltina e capitao do time. Excelente marcador e dotado de um vigor fisico impressionante, foi convocado pela primeira vez como titular da selecao em 1964, na Taca das Nacoes. Depois disso, foi frequentemente convocado ate' 1972. Foi titular absoluto da selecao tricampea do mundo em 1970, alguns meses apos deixar o Vasco, tendo sido considerado como o jogador de melhores condicoes atleticas daquela Copa.
CÉLIO
Nome: Célio Taveira FilhoNascimento: 16/10/1940, SP
Período: 1963 a 1967
Posição: Atacante
Enquanto servia o exercito em Santos, no ano de 1959, Celio formou dupla de ataque na equipe militar com nada mais nada menos que Pele'. Dai', comecou sua carreira como profissional no Jabaquara. Do clube santista foi para o Vasco, onde se sagrou campeao da 1a. Taca Guanabara em 65 e do Torneio Rio-Sao Paulo em 66. Em 65 foi convocado para a selecao brasileira, como reserva, e chegou a entrar no decorrer de algumas partidas amistosas, reeditando a dupla com Pele' dos tempos de exercito.
A identificacao do idolo com o clube contava com profundas raizes familiares: Seu avo, Antonio Taveira de Magalhaes, foi remador bicampeao pelo Vasco em 1905 (historica primeira conquista pelo Vasco do campeonato de remo do Rio de Janeiro) e 1906, e ja' veterano, novamente campeao carioca em 1914.
Artilheiro vascaino mais popular e benquisto na decada de 60, Celio era perigoso e oportunista na area e chutava muito bem, inclusive nas cobrancas de falta. Porem, nos seus ultimos meses de Vasco, atravessava ma' fase e sofreu com a impaciencia da torcida, terminando por ser negociado para o Nacional de Montevideu, onde tornou-se artilheiro e idolo.
FONTANA
Nome: José de Anchieta FontanaNascimento: 31/12/1940, Santa Teresa-ES
Falecimento: 9/9/1980, Santa Teresa-ES
Período: 1963 a 1969
Posição: Zagueiro
Companheiro constante de Brito formando a dupla de zagueiros de area do Vasco na decada de 60, Fontana era o xerife da defesa, marcador duro que nao se intimidava nem quando tinha que marcar a Pele'. Alias, ele e Pele' sairam expulsos em pelo menos duas oportunidades. Numa epoca em que a tecnica era artigo em falta em Sao Januario, Fontana colocava o coracao nas partidas e contagiava o time, que em varias ocasioes acabava se superando para alcancar alcancar viradas antologicas na base do entusiasmo. A ilustrar essa caracteristica de Fontana esta' uma vitoria na Taca Guanabara de 67 sobre o Botafogo, que se tornaria o campeao da competicao. Depois de perder o primeiro tempo por 2 a 0, o Vasco empatou na raca no segundo tempo e no final chegou a vitoria com um gol de cabeca de Fontana. A exemplo de Brito, Fontana deixou o Vasco alguns meses antes da Copa de 70, da qual participou como reserva de Piazza, seu novo companheiro de equipe no Cruzeiro.
Depois de abandonar o futebol, Fontana foi traido pelo mesmo coracao que era uma de suas grandes virtudes como jogador. Durante uma pelada na sua terra, no Espirito Santo, teve um ataque cardiaco e morreu aos 39 anos.
Foto do time antes da conquista do Relâmpago de 1944, em General Severiano. Em pé: Alfredo II, Zago, Yustrich, Rafagnelli, Ely e Argemiro; agachados: Djalma, Lelé, Isaías, Jair, Chico e Mário Américo. (Vasco 5x2 Flamengo, 19/03/1944).
Recebendo as faixas de Campeão Carioca Invicto de 1945, na Gávea: Chico, Ademir, Ely, Isaías, Berascochea, Augusto, Rafagnelli, Dino, Santo Cristo, Jair, Rodrigues e Ondino Viera (Flamengo 2x2 Vasco, 18/12/1945).
Ademir Menezes, ídolo eterno dos vascaínos.
Danilo Alvim, o Príncipe.
O ataque que mais fulminava as redes em 1945: Ademir, Lelé, Isaías, Jair e Chico. (Botafogo 2x2 Vasco, 14/10/1945).
Homenagem aos campeões de 1945 publicada no Jornal dos Sports.
Recebendo as faixas de Campeão Carioca Invicto de 1947, em São Januário, na segunda partida contra o Palmeiras, na disputa pelo Troféu Mito, valendo a Taça dos Campeões de Rio e São Paulo. Em pé: Sampaio, Mário, Nestor, Ismael, Ely, Danilo, Jorge, Moacir, Barbosa, Flavio Costa, Rafagnelli e Augusto; agachados: Mário Américo, Friaça, Maneca, Dimas, Lelé, Chico e Djalma. (Vasco 3x1 Palmeiras, 10/01/1948).
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1948 - Inédita conquista da América |
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1948 - Inédita conquista da América Em pé: Augusto, Barbosa, Rafagnelli, Danilo, Jorge e Eli Agachados: Djalma, Maneca, Friaça, Lelé e Chico |
Campeão Sul-Americano de Clubes 1948 |
Turno Único | |||
Data Jogo | Placar | Adversário | Local Jogo |
14-fev-1948 | 2x1 | El Litoral (BOLÍVIA) | CHILE |
18-fev-1948 | 4x1 | Nacional (URUGUAI) | CHILE |
25-fev-1948 | 4x0 | Deportivo Municipal (PERU) | CHILE |
28-fev-1948 | 1x0 | Emelec (EQUADOR) | CHILE |
07-mar-1948 | 1x1 | Colo Colo (CHILE) | CHILE |
14-mar-1948 | 0x0 | River Plate (ARGENTINA) | CHILE |
Jogo do Titulode 1948
Um Expresso na História
Vasco 0x0 River Plate (Campeonato Sul-Americano de Campeões 1948)
Compilado de artigos publicados em diversas edicoes de Placar e um artigo de Geraldo Romualdo da Silva no Jornal dos Sports de 27/9/74.
No dia 14 de marco de 1948, o torcedor vascaino pode dizer: no futebol brasileiro, nao ha' nada que se compare ao Vasco. Nem time de clube nem time de Selecao. Porque neste dia o Vasco esta' realizando um feito inedito: o incrivel Expresso da Vitoria traz de Santiago do Chile o primeiro titulo internacional conquistado pelo futebol brasileiro no exterior. O Vasco torna-se campeao dos campeoes sul-americanos. E isso seria pouco, se o principal adversario nao fosse o River Plate - o time argentino que o mundo chamava de La Maquina. Um time que era considerado imbativel, porque tinha um ataque de genios - e o genio maximo se chamava Alfredo Di Stefano. Foi esse o ataque que o Vasco parou - na classe, na raca, na catimba. Nessa final imortal, so' houve uma falha - a do juiz, que, entre outras coisas, anulou o gol de Chico.O clube que nascera discriminado, porque sua torcida era formada por imigrantes portugueses, e que fora perseguido, porque admitia sem preconceito racial qualquer tipo de trabalhador em suas equipes e seu quadro social, dava mais uma licao ao futebol brasileiro. O Expresso da Vitoria mostrava que nao precisavamos escolher campo para vencer. Bastava ter alguns craques no time. E raca no coracao.
O Vasco, o Expresso da Vitoria, e' o campeao carioca de 1947. Venceu 17 jogos e empatou apenas tres; fez 68 gols e sofreu 21; o poderio de seu ataque e' impressionante: contra o Canto do Rio, chegou aos 14 a 1. O Botafogo, vice-campeao de 47, acabou sete pontos atras do Vasco.
O River tambem tem um timaco, tanto assim que e' chamado de La Maquina. E' o campeao argentino de 1947, seis pontos a frente do Boca Juniors, o vice-campeao. Marcou 90 gols, igualando o recorde obtido pelo San Lorenzo no ano anterior. Sua grande estrela e' um jovem de 21 anos, Alfredo Stefano Di Stefano. Dono de tecnica perfeita, ele e' tambem um goleador: foi o artilheiro de 47, com 27 gols. Di Stefano ja' e' conhecido como La Saeta Rubia (A Flecha Loura), tal a sua velocidade.
O Primeiro Campeonato Sul-Americano de Campeoes foi promovido pelo Colo-Colo e contava com a participacao de sete clubes, campeoes de seus respectivos paises. A formula era simples: Todos contra todos, em turno unico, pontos corridos. O Vasco chega a sua ultima partida no torneio com apenas um ponto perdido, consequencia de um empate com o time da casa, o Colo-Colo. O River, surpreendentemente, perdeu para o Nacional de Montevideu por 3 a 0. So' a vitoria lhe mantera' as esperancas. Depois, ainda tem uma partida a cumprir, contra o Colo-Colo.
Os dois times estao dispostos em campo. De um lado, o Vasco , de camisa preta com faixa diagonal branca e calcoes brancos, com Barbosa; Augusto e Wilson; Eli, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca, Friaca, Ismael e Chico; do outro, o River, de camisa branca com faixa diagonal vermelha e calcoes negros, com Grisetti; Vaghi e Rodriguez; Iacono, Rossi e Ramos; Reys, Moreno, Di Stefano, Labruna e Lostau.
O grande desfalque do Vasco e' o artilheiro e idolo Ademir, que fraturara o pe' direito na vitoria por 4 a 1 sobre o Nacional. Alem dele, nao joga o zagueiro Rafanelli, ate' entao titular absoluto, a quem o tecnico Flavio Costa resolveu barrar: "Ele era um excelente central. Mas, na vespera, senti que ele estava nervoso. era de Santa Fe', provincia do interior, e nunca tivera cartaz na Argentina. Sentia o peso de enfrentar seus famosos patricios. Preferi escalar Wilson, que nem sabia o nome dos argentinos".
Sao 18h30m no Rio de Janeiro, e, em Santiago do Chile, vai comecar a decisao. Dizer que o Rio parou seria um exagero. Mas o carioca, vascaino ou nao, esta' de ouvido colado ao radio, tentando ouvir a voz do "speaker" Oduvaldo Cozzi entre a sinfonia de chiados. Cozzi estava entao no auge de sua carreira. Seguir suas narrativas era como "assistir" ouvindo tudo nos menores e mais exaltados momentos de uma partida.
O juiz uruguaio Nobel Valentini apita, e Friaca rola a bola para Maneca. Jogo equilibrado nos dez primeiros minutos, os dois times se estudando. Numa disputa de bola com Djalma, Ramos se machuca - Ferrari entra. O jogo esquenta. Os argentinos passam a catimbar e a reclamar de cada marcacao de Valentini.
Wilson marca Di Stefano e leva vantagem, disputando cada bola com raca e categoria. Sentindo-se seguro na defesa, o Vasco parte decididamente para o ataque e Grisetti faz duas defesas dificeis em um chute forte de Chico e uma bola colocada por Danilo. Valentini interrompe o jogo e pede aos carabineiros chilenos que retirem os fotografos de tras do gol argentino, pois os flashes prejudicam a visao de Grisetti.
O ponta-esquerda Chico e' uma fera. E' ele quem obriga Grisetti a mais impressionante defesa ate' o instante, e tambem quem causa o primeiro tumulto da partida, ao entrar de sola em Iacono. Valentini chama-lhe a atencao.
Agora e' a vez do River. Labruna perde gol certo ao chutar por cima do travessao. O River explora inteligentemente os contra-ataques, a criatividade e velocidade de Di Stefano e os dribles e as arrancadas de Lostau. Mas Barbosa esta' atento e faz defesas de classe.
O clima era totalmente adverso. A torcida estava do lado do River. E juiz e bandeirinhas cometiam uma arbitragem escandalosamente facciosa. Valentini apita um penalti contra o Vasco. Barbosa conta o seu milagre:
-- Nao foi penalti, nao. Mas o que fazer contra aquele juiz? Me conscientizei de que tinha de agarrar. Entao fiquei la' debaixo dos paus; o Labruna, estrela do River, na marca de cal. Ele chutou rasteiro, e eu fui la' buscar a menina.
Antes do primeiro tempo terminar, Grisetti ainda fara' duas grandes defesas, em chutes de Friaca, um deles em cobranca de falta.
O River volta para o segundo tempo com Munoz em lugar de Reys e passa a jogar com dois ponteiros abertos. Falta de Eli em Labruna. Moreno bate de efeito, a bola raspa o travessao com Barbosa batido. Num contra-ataque rapido, Maneca enfia bola limpa para Friaca que, na hora do chute, fura inexplicavelmente, fazendo sentir-se a ausencia de Ademir.
Comocao no banco do Vasco: Wilson, que ate' entao marcara Di Stefano com perfeicao, machuca-se no tornozelo e nao pode continuar. Rafanelli entra em seu lugar.
Barbosa, com uma reposicao perfeita, da' a bola para Friaca, que de primeira passa a Chico: Gol do Vasco, aos 28 minutos. Os argentinos cercam Valentini, que afinal anula o gol, inventando o impedimento de Chico. Os vascainos peitam a Valentini e Flavio Costa entra em campo, mas os argentinos mandam no juiz.
Nos ultimos 15 minutos, a categoria cede lugar a violencia. Rossi pega Maneca para quebrar - Valentini finge nao ver. Chico, gaucho que nao leva desaforo para casa, na primeira que disputa com Rossi vai a forra, sem tomar conhecimento do tamanhao do argentino - novamente Valentini o chama a atencao. A ultima oportunidade ainda e' do Vasco. Ismael passa por quatro, mas Grisetti faz boa defesa. Vao ser necessarios os cinco minutos de prorrogacao previstos no regulamento.
Antes mesmo que esta comece, explode uma briga entre Chico e Mendez, que substituira Iacono, e ambos sao expulsos. Maneca, contundido, e Friaca, cansado, dao lugar a Lele' e Dimas. Nenhum dos dois times pensam em jogar na defesa: o River, por precisar da vitoria; o Vasco, por sentir que pode vencer. Em apenas 5 minutos, os torcedores presenciam incriveis defesas de Grisetti e Barbosa.
A ultima chance e' de Lele', de pe' direito, forte. A bola sai como um foguete, mas Grisetti desvia com a ponta dos dedos. Termina a prorrogacao. O Vasco e' campeao dos campeoes sul-americanos.
Ao som do hino nacional brasileiro, o presidente chileno Gonzalez Videla entrega o caneco aos vascainos, sob os aplausos do publico que lota o Estadio Nacional de Santiago. Os chilenos, que haviam de inicio torcido para o River, reconheceram a superioridade do Expresso da Vitoria.
O Campeonato Sul-Americano de Campeoes nao passou da sua primeira edicao. O jornalista Geraldo Romualdo da Silva assim descreveu o que chamou de "a culpa inocente do Vasco":
LELÉ
Nome: Manuel PessanhaNascimento: 23/3/1918
Falecimento: 8/2003, Rio de Janeiro-RJ
Período: 1943 a 1948
Posição: Atacante
Atacante com caracteristicas de jogador de meio-campo, capaz de atuar tanto na meia-direita quanto na meia-esquerda. Lele' foi revelado pelo Madureira juntamente com Isaias e Jair Rosa Pinto, que formaram um trio atacante apelidado de Os Tres Patetas. A pedido do tecnico Ondino Viera, que comecava a reformular o elenco em 1943, o Vasco contratou os tres de uma vez. Lele' era lento, mas tinha um potente chute de pe' direito e logo virou idolo do Vasco, nos tempos iniciais do Expresso da Vitoria, tendo sido artilheiro do campeonato carioca de 1945, e foi ate' citado numa marchinha de carnaval que tornou-se popular na voz da cantora Linda Batista.
ADEMIR
Nome: Ademir Marques de MenezesNascimento: 8/11/1922, Recife-PE
Falecimento: 11/5/1996, Rio de Janeiro-RJ
Períodos: 1942 a 1945 e 1948 a 1956
Posição: Atacante
Veio do Sport Club Recife ainda muito jovem, depois de impressionar a plateia carioca quando, em amistosos, o Sport venceu sucessivamente a Flamengo e Vasco. Com 301 gols em 429 partidas, o "Queixada" tornou-se o maior idolo e artilheiro da historia do Vasco, ate' aparecer Roberto.
Ademir foi titular absoluto da selecao brasileira, onde ocupava a posicao de centroavante, tendo sido o artilheiro da Copa do Mundo de 1950, com oito gols. Pela selecao, marcou 35 gols em 41 partidas, com uma das melhores medias de todos os tempos.
Ademir era insuperavel nas arrancadas com a bola sob controle (chamadas na epoca de "rush") e capaz de concluir com um ou outro pe' com grande precisao, raramente perdendo gols em lances de area. Chutava sem tomar distancia da bola, sem mudar o passo, surpreendendo muitas vezes aos goleiros. Toda uma equipe jogava para ele. Os lancamentos eram feitos longos para aproveitar-lhe a corrida, e no Vasco ele teve lancadores fenomenais a alimenta-lo, como Ipojucan e Danilo. Diz-se que com Ademir foi inventada a posicao de ponta-de-lanca, obrigando tecnicos a adotarem novos sistemas para tentar conte-lo.
O periodo de Ademir no Vasco foi interrompido brevemente quando, em 46, o tecnico do Fluminense Gentil Cardoso exigiu que o clube o contratasse. Ficou famosa a sua frase "Deem-me Ademir que eu lhes darei o campeonato", o que efetivamente aconteceu. Mas no inicio de 48, Ademir foi contratado de volta pelo Vasco, onde foi o principal goleador das conquistas do legendario Expresso da Vitoria, tendo inclusive marcado ambos os gols da vitoria por 2x1 sobre o America na final do primeiro campeonato carioca disputado no Maracana, em 1950. Era tambem conhecido como o carrasco do Flamengo, no qual quase sempre marcava gols.
CHICO
Nome: Francisco AramburuNascimento: 7/1/1922, Uruguaiana-RS
Falecimento: 1/10/1997, Rio de Janeiro-RJ
Período: 1942 a 1953
Posição: Ponta-esquerda
Gaucho de Uruguaiana, Chico foi um ponta veloz, inteligente e valente, que chutava forte com os dois pes, driblava na corrida e cruzava certeiro com a canhota. Dono da camisa 11 do Expresso da Vitoria, travava duelos memoraveis com Bigua', lateral do Flamengo. Na selecao brasileira, Chico tambem nao negava fogo nem fugia do pau. Durante o Sul-Americano de 46 em Buenos Aires, revidou a uma entrada mais dura de um zagueiro argentino. Na briga generalizada que se seguiu, apanhou da policia argentina a golpes de sabre. Em 1950, Chico foi um dos seis titulares que o Vasco forneceu `a selecao brasileira vice-campea mundial, tendo marcado quatro gols.
JAIR
Nome: Jair Rosa PintoNascimento: 21/3/1921, Quatis-RJ
Falecimento: 27/7/2005, Rio de Janeiro-RJ
Período: 1943 a 1946
Posição: Atacante
Muitas vezes chamado de Jair da Rosa Pinto, o Jaja' de Barra Mansa, seu nome era Jair Rosa Pinto e era na verdade de Quatis, cidade proxima a Barra Mansa. Jair usava a canhota para dribles curtos, passes precisos e tirambacos mortais. Quem via suas canelas finas nao acreditava na potencia do seu chute, que ficou celebre. Ninguem cobrava uma falta com tamanha habilidade, sendo atribuido a ele a invencao do chute de curva.
Jair iniciou sua longa carreira no Madureira, integrando um trio de ataque infernal com Lele' e Isaias, conhecido como Os Tres Patetas. Os tres foram de uma so' vez para o Vasco, cujo tecnico Ondino Viera comecava a armar o Expresso da Vitoria. Foi titular durante o campeonato invicto de 45 ganho pelo Vasco. Insatisfeito por ser as vezes deixado na reserva, deixou o clube para ir jogar no Flamengo, mas enquanto esteve la' este nunca derrotou o Vasco. Participou de varias selecoes cariocas e brasileiras, inclusive sendo titular durante a Copa de 50. Depois de uma passagem marcante pelo Palmeiras, foi campeao pelo Santos ja' com quase 40 anos, fazendo lancamentos para um adolescente chamado Pele'.
AUGUSTO
Nome: Augusto da CostaNascimento: 22/10/1920, Rio de Janeiro-RJ
Falecimento: 1/3/2004, Rio de Janeiro-RJ
Período: 1945 a 1953
Posição: Zagueiro direito
Augusto era soldado da Policia Especial do Exercito, e comecou no futebol no Sao Cristovao, onde era um zagueiro com grande espirito de equipe e uma capacidade de lideranca acima do comum. Nao demorou a chegar ao Vasco, onde tornou-se um capitao que se fez respeitar inteiramente, fosse representando o Vasco, fosse na selecao. Nesta, foi titular e capitao de 1948 a 1950, inclusive durante a Copa America conquistada pelo Brasil em 1949 e a Copa de 1950. Costumava jogar sem espalhafato, ate' o momento em que o time tinha que resolver a parada no grito. Entao virava bicho e levava o time a frente, falando grosso e na hora.
ELI
Nome: Ely do AmparoNascimento: 14/5/1921, Paracambi-RJ
Falecimento: 9/3/1991, Rio de Janeiro-RJ
Período: 1943 a 1954
Posição: Médio direito
Era o capitao do modesto Canto do Rio quando foi escolhido pelo treinador Ondino Viera como um dos primeiros integrantes da equipe reformulada que estava construindo no Vasco, e que se tornaria conhecida como o Expresso da Vitoria. Eli dividia a lideranca do time com Augusto, o capitao do time. Comprido, parrudo, de pernas longas, foi talvez o primeiro "Xerife" do futebol brasileiro, tanto pelo Vasco quanto pela selecao. Um caudilho implacavel, sem grande sutileza para jogar, mas um gigante de varios pulmoes e um espantalho diante de atacantes metidos a machoes.
DANILO
Nome: Danilo Faria AlvimNascimento: 3/12/1920, Rio de Janeiro-RJ
Falecimento: 16/5/1996, Rio de Janeiro-RJ
Período: 1946 a 1954
Posição: Médio
Um dos maiores jogadores de meio-campo do futebol brasileiro de todos os tempos, foi apropriadamente apelidado de O Principe. Comecou sua carreira no America, quando aos dezenove anos sofreu 39 fraturas nas duas pernas, a da direita com a tibia exposta, ao ser atropelado por um automovel enquanto tentava pegar um bonde em movimento. Ficou 18 meses gessado mas com perseveranca voltou ao futebol, emprestado ao Canto do Rio. De volta ao America, integrou a selecao carioca. Veio parar no Vasco pelas maos do tecnico Ondino Viera, que foi busca-lo pessoalmente em Campos Sales. Danilo era alto, magro e tinha estilo classico e tecnica refinada, com absoluto controle de bola e passes e lancamentos precisos. No Vasco, continuou a demonstrar toda a sua categoria na fase aurea do mitologico Expresso da Vitoria e foi titular de todas as selecoes, inclusive a selecao vice-campea mundial na Copa de 1950.
JORGE
Nome: Jorge Dias SacramentoNascimento: 22/03/1924, Recife-PE
Falecimento: 30/07/1998, Rio de Janeiro-RJ
Período: 1944 a 1954
Posição: Lateral-esquerdo
Integrante da famosa linha media do Expresso da Vitoria, Eli, Danilo e Jorge, conquistou a torcida como um marcador implacavel e eficiente. Considerado um dos melhores do Vasco na sua posicao em todos os tempos. Foi titular da selecao carioca que se sagrou campea brasileira em 1946. Pelo Vasco, foi campeão carioca nos anos de 1945, 1947. 1949. 1950 e 1952, e campeão sul-americano de clubes em 1948
MANECA
Nome: Manoel Marinho AlvesNascimento: 28/1/1926, Salvador-BA
Falecimento: 28/6/1961
Período: 1947 a 1955
Posição: Atacante
Foi descoberto por um olheiro do Vasco quando jogava no Galicia, de Salvador. Seu estilo era de dribles curtos e desconcertantes, e passes e lancamentos certeiros. No Vasco, jogava tanto na meia-direita como na meia-esquerda, mas durante a Copa do Mundo de 1950, atuou como como titular da Selecao deslocado na ponta direita no lugar de Tesourinha, que operara os meniscos. Um estiramento afastou-os dos dois ultimos jogos contra Espanha e Uruguai. Depois de sair do Vasco voltou a Salvador, onde foi campeao pelo Bahia. Mais tarde, uma contusao antiga no joelho o fez abandonar o futebol. Homem chegado a depressoes, Maneca se suicidou tomando veneno em 1961.
BARBOSANome: Moacir BarbosaNascimento: 27/3/1921, Campinas-SP Falecimento: 7/4/2000, Santos-SP Períodos: 1945 a 1955 e 1958 a 1960 Posição: Goleiro Considerado o melhor goleiro do Vasco em todos os tempos. Era seguro, elastico, dotado de excelente senso de colocacao. Arrojado, jamais temeu mergulhar nos pes dos adversarios. Tambem conseguia agarrar varios penaltis. Foi sem duvida o maior goleiro de seu tempo e um dos melhores de toda a historia do futebol brasileiro. A respeito de Barbosa, assim escreveu o cronista Armando Nogueira: "Certamente, a criatura mais injusticada na historia do futebol brasileiro. Era um goleiro magistral. Fazia milagres, desviando de mao trocada bolas envenenadas. O gol de Ghiggia, na final da Copa de 1950, caiu-lhe como uma maldicao. E quanto mais vejo o lance, mais o absolvo. Aquele jogo o Brasil perdeu na vespera." Moacir Barbosa jogou um longo tempo no Vasco, sendo um dos jogadores com maior numero de jogos pelo clube, e participou das muitas campanhas vitoriosas do Vasco nas decadas de 1940 e 1950. Em especial, teve atuacao destacada na final do Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeoes em 1948 no Chile, quando defendeu um penalti batido por Labruna, do River Plate, e garantiu com grandes defesas o 0 a 0 que deu o titulo ao Vasco. Ate' 1953, Barbosa foi o titular absoluto da posicao de goleiro Vasco e da Selecao Brasileira. Porem, em maio daquele ano, sua coragem lhe custou caro: Num violento choque com o atacante do Botafogo, Zezinho, numa partida pelo Torneio Rio-Sao Paulo, sofreu uma seria fratura dupla da tibia e peronio, para a consternacao todos os vascainos. A recuperacao foi demorada e a volta aos gramados dificil para o grande goleiro, que jamais voltou a ser lembrado para uma convocacao para a selecao. Em 1956, Barbosa foi emprestado ao Bonsucesso e depois passou uma temporada em Pernambuco, defendendo o Santa Cruz. Em 1958, ja' com quase 37 anos, voltou ao Vasco em excelente forma e reassumiu o posto de titular da equipe que conquistou o Torneio Rio-Sao Paulo e o Campeonato Carioca. Barbosa encerrou a carreira aos 42 anos no Campo Grande. |
TESOURINHA
Nome: Osmar Fortes BarcellosNascimento: 3/12/1921, Porto Alegre-RS
Falecimento: 16/6/1979, Porto Alegre-RS
Período: 1949 a 1951
Posição: Ponta-direita
Muitos consideram este ponta gaucho o segundo maior ponta direita do futebol brasileiro, so' perdendo para o genial Garrincha. Era um driblador por excelencia, varias vezes destruindo sistemas defensivos das equipes adversarias gracas ao seu jogo individual. Alem do drible para qualquer lado, chutava bem com os dois pes, sendo um terror para os goleiros quando fechava em diagonal e batia de canhota. Tambem sabia cabecear. Fez falta a selecao na Copa de 50, por causa de uma operacao de meniscos.
IPOJUCAN
Nome: Ipojucan Lins de AraújoNascimento: 3/6/1926, Maceió-AL
Falecimento: 19/6/1978, São Paulo-SP
Período: 1944 a 1953
Posição: Atacante
Apesar de ter sido um dos jogadores mais altos do seu tempo, com 1,90m, Ipojucan era um meia habilidoso e criativo, comparado por muitos a um malabarista com a bola. Seus dribles de efeito, passes de calcanhar e lancamentos inteligentes eram sensacionais e, gracas as suas jogadas surpreendentes, Ademir marcou dezenas de gols. Alem disso, Ipojucan tambem sabia fazer gols. Arredio, detestava treinar e era psicologicamente fragil. Durante o intervalo da final do campeonato estadual de 1950, nao queria voltar a campo alegando sentir-se mal, mas foi forcado debaixo de safanoes do tecnico Flavio Costa. Mesmo alheio a partida, caido pela ponta direita, deu um magnifico passe para Ademir marcar o gol do titulo. Depois de participar da conquista de varios titulos pelo Vasco, e de integrar a selecao brasileira, foi para a Portuguesa de Desportos.
FRIAÇA
Friaça Cardoso
Data de nascimento: 20/10/1924 / Porciúncula (RJ)
Falecimento:12/01/2009 / Itaperuna (RJ)
Posição:Atacante
1944-1949: Vasco da Gama-RJ
Campeonato Carioca: 1947, 1952
Copa Libertadores: 1948
Um dos maiores jogadores do Vasco da Gama e autor do gol do Brasil na desatrosa final da Copa do Mundo de 1950